1ª Mostra Constelações Indígenas (2023)
A partir de 30 de março de 2023 o Cine Metrópolis apresenta a mostra "Constelações Indígenas". Ao longo de duas semanas serão exibidos filmes de realizadores indígenas e não indígenas que abordam aspectos históricos, cosmologias, resistências e as diversas formas de ativismo político e audiovisual dos povos originários. Contaremos com a participação de alguns dos realizadores para debates em torno dos temas. Todas as sessões e atividades serão gratuitas.
"Essa experiência de uma consciência coletiva é o que orienta as minhas escolhas. É uma forma de preservar nossa integridade, nossa ligação cósmica. Estamos andando aqui na Terra, mas andamos por outros lugares também. A maioria dos parentes indígenas faz isso. É só você olhar a produção dos mais jovens que estão interagindo com o campo da arte e da cultura, publicando, falando. Você percebe neles essa perspectiva coletiva. Não conheço nenhum sujeito de nenhum povo nosso que saiu sozinho pelo mundo. Andamos em constelação." - Ailton Krenak, A vida não é útil
A curadoria e produção da foram feitas pelo coordenador de programação Vitor Graize e pela equipe composta por Gabriela Busato, Giovanna Mont’mor e Júlio Cesar.
Semana 1
QUINTA (30/03) |
SEXTA (31/03) |
SÁBADO (01/04) |
DOMINGO (02/04) |
SEGUNDA (03/04) |
TERÇA (04/04) |
QUARTA (05/04) |
13h30 Sessão Curtas I |
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17h Sessão de Curtas Yanomami |
- |
17h Ava Yvy Vera |
14h30 A Invenção do Outro |
17h30 Yãmiyhex: As Mulheres Espírito |
16h Sessão Infantojuvenil: Konãgxeka + Para'i (Pré-estreia) |
17h A Última Floresta |
18h15 Uaká + Jornada Kamayurá |
18h Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos |
18h30 Sessão Curtas II |
18h30 Abertura - Curtas Guarani (Reikwaapa) |
19h Nhenbo'e Resá + Bravura do Coração |
18h Serras da Desordem |
19h Ex-Pajé |
20h As Hiper Mulheres |
20h A Flecha e a Farda |
20h A Febre |
Semana 2
QUINTA (06/04) |
SEXTA (07/04) |
SÁBADO (08/04) |
DOMINGO (09/04) |
SEGUNDA (10/04) |
TERÇA (11/04) |
QUARTA (12/04) |
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13h30 Piripkura |
- |
16h Damiana Kryygi |
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15h A Febre |
15h10 Conversas no Maranhão |
16h30 Ava Yvy Vera |
17h Sessão de Curtas Maxakali |
17h Serras da Desordem |
16h30 Trilogia do Martírio: Corumbiara |
16h Sessão Infantojuvenil: Konãgxeka + Para'i (Pré-estreia) |
19h Sessão Curtas I |
17h30 Sessão de Curtas Yanomami |
17h45 Sessão Curtas II |
20h Yãmiyhex: As Mulheres Espírito |
19h30 Conversas no Maranhão |
19h Trilogia do Martírio: Martírio |
19h Trilogia do Martírio: Adeus, Capitão |
20h Damiana Kryygi |
19h Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos |
19h A Invenção do Outro |
A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil, 2022, 144 min)
Em 2019, a Funai realiza a maior expedição das últimas décadas na Amazônia sob comando do indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022 no Vale do Javari, para tentar encontrar e estabelecer o primeiro contato com um grupo de indígenas isolados da etnia dos Korubos, que encontram-se em estado de vulnerabilidade. A expedição também promoveu um delicado reencontro com parte da família já contactada poucos anos antes.
30/03 (quinta-feira), às 14h30 - Debate com Nicole Soares (Professora do Depto. de de Ciências Sociais - Ufes)
12/04 (quarta-feira), às 19h
Sessão Guarani
Na íntegra acompanharemos a websérie Reikwaapa - Saberes Guarani produzida pelo Núcleo de Produçã Audiovisual Kwaagwy Porã e o curta que originou a série. Produções essas de muita importância para o povo Guarani.
Reikwaapa, de Wera Djekupé e Ricardo Sá (Brasil, 2013, 13 minutos)
Reikwaapa aborda a passagem da infância para a adolescência, na cultura guarani. Para o menino, este momento é marcado pelo furo no beiço (para que fale menos e escute mais) e diversos treinamentos para que se torne um homem de caráter e coragem. As meninas, assim que vivem a primeira menstruação, têm seu cabelo cortado e passam a ser iniciadas na vida de mulher. Em ambos os casos, são as pessoas mais idosas da aldeia que introduzem estes adolescentes no mundo dos adultos, principalmente através de conversas e treinamentos. Como esta tradição vem sendo tensionada por conta do contato dos Guarani com a cultura não indígena, ao mesmo tempo em que nos dá esperança de que nem tudo está perdido
30/03 (quinta-feira), às 18h30
Sessão Tupinikim
Nhenbo'e Resá, de Wellington ÎybatãTupã (Brasil, 2022, 29 min)
Neste documentário, Wellington Tupinikim conversa com alguns dos realizadores indígenas do Espírito Santo, que contam um pouco de sua história e de como o audiovisual tem auxiliado na transmissão das tradições orais, na reinvenção das representações, além de um importante aliado político dos povos originários.
Bravura e Coração, de Tiago Matheus (Brasil, 2020, 49 min)
Um grande desafio proposto pelo cacique para eleger o futuro líder da aldeia vai colocar Yarugûá frente a frente com Abatã, o assassino do seu irmão. Para Yarugûá, agora será difícil decidir entre se concentrar nos propósitos do grande desafio e no desejo de vingança.
31/03 (sexta-feira), às 19h
Yãmiyhex: As Mulheres Espírito, de Israel Maxakali, Sueli Maxakali (Brasil, 2019, 76 min)
As yãmĩyhex, mulheres-espírito, se preparam para partir após passar um tempo na Aldeia Verde. Há os preparativos da grande festa de despedida. Elas se vão, mas sempre voltam com saudades de pais e mães.
31/03 (sexta-feira), às 17h30
06/04 (quinta-feira), às 20h
Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de João Salaviza, Renée Nader Messora (Brasil/Portugal, 2018, 114 min)
Ihjãc é um jovem da etnia Krahô, que mora na aldeia Pedra Branca, em Tocantins. Após a morte do pai, ele recusa-se a se tornar xamã e foge para a cidade. Longe de seu povo e da própria cultura, Ihjãc enfrenta as dificuldades de ser um indígena no Brasil contemporâneo. Classificação livre.
04/04 (terça-feira), às 18h
11/04 (terça-feira), às 19h - Debate com Ana Morim (Professora do Depto. de de Ciências Sociais - Ufes)
As Hiper Mulheres, de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Fausto Carlos (Brasil/Portugal, 2018, 114 min)
Com receio de que sua esposa já idosa venha a falecer, um senhor de idade pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar mais uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente. Não recomendado para menores de 12 anos.
03/04 (segunda-feira), às 20h
Ava Yvy Vera, de Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Jhonn Nara Gomes, Jhonatan Gomes, Edina Ximenez, Dulcídio Gomes, Sarah Brites e Joilson Brites (Brasil, 2016, 52 min)
Terra é lugar de conhecimento, de resistência e encanto. É lugar de reestabelecer a comunicação com os ñanderu, de viver a vida de reza, roça, escola, família extensa, chicha, chima, terere, guahu, kotyhu. Para os Guarani e Kaiowa no MS retomar as terras tradicionais, tekohas, é retomar a possibilidade de viver o seu modo de ser, o seu teko. Realizado por um grupo de jovens e lideranças da tekoha Guaiviry coloca em relação a narrativa da luta que culminou na retomada do território onde vivem hoje e a afirmação cotidiana da vivência do teko no Guaiviry.
05/04 (quarta-feira), às 17h
12/04 (quarta-feira), às 16h30
Damiana Kryygi, de Alejandro Fernandez Moujan (Argentina, 2015, 94 min)
Em 1896, uma criança Aché de três anos sobreviveu a um massacre realizado por colonos brancos na selva paraguaia. Batizada como Damiana, ela virou objeto de interesse científico, tendo o corpo medido, fotografado e estudado por antropólogos argentinos e alemães. Um século depois, seu povo recuperou seus restos mortais e a enterrou em terras ancestrais, como símbolo de esperança.
06/04 (quinta-feira), às 16h
10/04 (segunda-feira), às 20h
Uaká, de Paula Gaitán (Brasil, 1987, 77 min)
No Xingu, todos os anos se celebra na aldeia kamayurá o Quarup, grande acontecimento festivo no qual os homens roubam o fogo divino, espalhando-o pela terra. Nove tribos participam do ritual ao som das flautas uruá, com a participação dos pajes Tacumã, Sapaim e Prepori, entre outros.
03/04 (segunda-feira), às 18h15
Piripkura, de Bruno Jorge, Mariana Oliva, Renata Terra (Brasil, 2017, 81 min)
Os dois últimos membros sobreviventes do povo Piripkura, uma tribo nômade na região de Mato Grosso, lutam para manter seu modo de vida indígena em meio ao desmatamento em massa da região. Pakyî e Tamandua vivem da terra contando com um facão, um machado e uma tocha acesa em 1998. Para que a área continue sob proteção, a cada dois anos uma expedição da FUNAI vai ao local assegurar que os dois estão vivos. Não recomendado para menores de 10 anos.
11/04 (terça-feira), às 13h30
A Febre, de Maya Da-Rin (Brasil/França/Alemanha, 2020, 98 min)
Justino, um indígena de 45 anos, trabalha como vigilante em um porto de cargas e vive em uma casa modesta na periferia de Manaus. Desde a morte da sua esposa, sua única companhia tem sido sua filha Vanessa, mas ela está de partida para estudar medicina em Brasília. Sob o sol escaldante e as chuvas tropicais, Justino esforça-se para manter-se concentrado no trabalho. Com o passar dos dias, ele é tomado por uma febre forte. Em seus sonhos, uma criatura vagueia perdida pela floresta. Na televisão, o noticiário fala de um animal selvagem que ronda o bairro. Justino acredita que está sendo seguido, mas não sabe se quem o persegue é um animal ou um homem. Não recomendado para menores de 10 anos.
05/04 (quarta-feira), às 20h
10/04 (segunda-feira), às 15h - Debate com João Vianna (Professor do Depto. de Psicologia - Ufes)
A Última Floresta, de Luiz Bolognesi (Brasil, 2021, 74 min)
O xamã Davi Kopenawa Yanomani tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade, que fica localizada em um território Yanomani, isolado na Amazônia. Não recomendado para menores de 14 anos.
02/04 (domingo), às 17h
Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi (Brasil, 2018, 81 min)
Em Ex-Pajé, um poderoso pajé passa a questionar sua fé depois do primeiro contato com brancos que julgam sua religião como demoníaca. No entanto, a missão evangelizadora comandada por pastor intolerante é posta em cheque quando a morte passa a rondar a aldeia e a sensibilidade do indígena em relação aos espíritos da floresta mostra-se indispensável. Classificação livre.
02/04 (domingo), às 19h
Serras da Desordem, de Andrea Tonnaci (Brasil, 2006, 136 min)
Carapirú é um índio nômade, que escapa de um ataque surpresa de fazendeiros. Durante 10 anos ele perambula sozinho pelas serras do Brasil central, até ser capturado em novembro de 1988, a 2000 km de distância de sua fuga inicial. Levado a Brasília pelo sertanista Sydney Ferreira Possuelo, em uma semana ele se torna manchete por todo país e centro de uma polêmica entre antropólogos e linguistas em relação à sua origem e identidade. Na tentativa de identificar sua origem, ele reencontra um filho, com quem retorna ao Maranhão. Porém, o que Carapirú encontra ao retornar já não está mais de acordo com sua vida nômade.
01/04 (sábado), às 18h - Debate com Fabio Camarneiro (Professor do Depto. de Comunicação Social - Ufes)
07/04 (sexta-feira), às 17h
Conversas do Maranhão, de Andrea Tonnaci (Brasil, 1983, 116 min)
Realizado entre os anos de 1977 e 1983, Conversas no Maranhão nasceu do contato do diretor e fotógrafo Andrea Tonacci com os indígenas Canela Apãniekra nos anos 1970. Durante a demarcação de suas terras pela Funai, os Canela Apãniekra decidem interromper o trabalho dos topógrafos para enviar suas reivindicações para Brasília. Mais do que um documentário, Conversas no Maranhão se tornou um manifesto dos índios ao governo brasileiro.
07/04 (sexta-feira), às 19h30 - Debate com o cineasta Rodrigo Oliveira
11/04 (terça-feira), às 15h10
Trilogia do Martírio
3 filmes de Vincent Carelli figuram na Trilogia do Martírio, que começa com "Corumbiara", de 2009, passa por Martírio, de 2016, e termina em 2022, com “Adeus, Capitão”. A trilogia expõe o sofrimento dos povos originários que perdura com o passar dos séculos, com as incessantes ondas de massacres, exploração e invasões acometidas sobre diversas etnias.
Corumbiara, de Vincent Carelli (Brasil, 2009, 117 min)
Em 1985, o indigenista Marcelo Santos denuncia um massacre de índios na Gleba Corumbiara (RO) e Vincent Carelli filma o que resta das evidências. Bárbaro demais, o caso passa por fantasia e cai no esquecimento. Ninguém foi responsabilizado pelas torturas que aquelas pessoas sofreram. Corumbiara é um esforço para provar o extermínio dos índios e tentar contato com os remanescentes.Classificação livre.
08/04 (sábado), às 16h30
Martírio, de Vincent Carelli, Ernesto Ignacio de Carvalho, Tatiana Almeida (Brasil, 2016, 160 min)
O retorno ao princípio da grande marcha de retomada dos territórios sagrados Guarani Kaiowá através das filmagens de Vincent Carelli, que registrou o nascedouro do movimento na década de 1980. Vinte anos mais tarde, tomado pelos relatos de sucessivos massacres, Carelli busca as origens deste genocídio, um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada dos despossuídos Guarani Kaiowá frente ao poderoso aparato do agronegócio. Não recomendado para menores de 12 anos.
08/04 (sábado), às 19h
Adeus, Capitão, de Vincent Carelli, Tatiana Almeida (Brasil, 2022, 175 min)
O “capitão” Krohokrenhum, líder do povo indígena Gavião, do sul do Pará, que morreu em 2016 aos noventa anos, conta para suas filhas e netas as guerras internas entre grupos de seu povo até a transferência dos sobreviventes para a gleba Mãe Maria, extenso castanhal próximo a Marabá. Lá, eles sofreram abusos da própria agência tutelar, a Funai, que promoveu trabalho escravo na coleta de castanha. No fundo do poço, Krohokrenhum confessa: “Eu era só cachaça, nosso mundo tinha acabado”. Depois de uma rebelião, nos anos 1980, os Gavião assumiram a gestão do castanhal e conquistaram autonomia financeira. O “capitão” empreendeu, então, a reconstrução de seu mundo.
09/04 (domingo), às 19h
Sessão Infanto-juvenil
A sessão tem o objetivo de promover uma reflexão acerca da vivência indígena de crianças e adolescentes que se veem em meio às mudanças das tradições dos seus antepassados, ao passo que elas se misturam e se adaptam a vida cotidiana mais próxima aos centros urbanos. Pré-estréia exclusiva do longa-metragem Para’í.
Konãgzeka, de Charles Bicalho, Israel Maxakali (Brasil, 2016, 13 min)
Konãgxeka na língua indígena maxakali quer dizer “água grande”. Trata-se da versão maxakali da história do dilúvio. Como um castigo, por causa do egoísmo e da ganância dos homens, os espíritos yãmîy enviam a “grande água”. Filme falado em língua Maxakali, com legenda. O argumento do filme é o mito diluviano do povo Maxakali.
Para’í, de Vinicius Toro (Brasil, 2018, 81 min)
Pará, menina Guarani que encontra por acaso um milho guarani tradicional, que nunca havia visto e, encantada com a beleza de suas sementes coloridas, busca cultivá-lo. A partir dessa busca ela começa a questionar seu lugar no mundo, quem ela é, por que fala português e não guarani, por que é diferente dos colegas da escola, por que seu pai vai à igreja Cristã, porque moram numa aldeia tão perto da cidade, por que seu povo luta por terra.
01/04 (sábado), às 16h
09/04 (domingo), às 16h
Sessão Ditadura
Traçamos um paralelo temporal entre o período da ditadura militar e o presente, trazendo reflexões sobre os impactos da militarização do Estado sobre as comunidades indígenas. Por meio de arquivos é possível visualizar a marca deixada pela ditadura sobre os povos nativos, e entender a relação política desses povos com o atual Estado democrático. O resgate da memória por meio do registro e da preservação arquivística traçam o aspecto auto-reflexivo dos filmes, que se tornam instrumentos da perpetuação da memória.
A Flecha e a Farda, de Miguel Antunes Ramos (Brasil, 2020, 87 min)
A partir de imagens de arquivo encontradas no Museu do Índio em 2012, o filme resgata a memória perdida da única turma da Guarda Rural Indígena, nos anos 70, na ditadura militar. Criada pelo Capitão Pinheiro, a GRIN era composta por quase uma centena de indígenas de diferentes etnias, que marcham pelas filmagens encontradas do dia de sua formatura. 50 anos depois, a equipe do filme busca esses ex-guardas para devolvê-los o que a eles pertencem: suas imagens e memória. Não recomendado para menores de 12 anos.
04/04 (terça-feira), às 16h
Sessão de Curtas I
Essa sessão reúne um conjunto de curtas históricos disponibilizados pelo acervo do Centro Técnico Audiovisual (CTAV). São clássicos do cenário de documentários etnográficos, registrando as rotinas e as tradições de povos originários desde a década de 1960.
Kuarup, de Heinz Forthmann (Brasil, 1963, 20 min)
Kuarup é um rito importante, que homenageia um grande líder morto. Os procedimentos para o rito: a decoração dos troncos de árvores, a pintura dos corpos, a coreografia da dança, o confronto físico. Por fim, os troncos são levados por crianças até as águas do rio Xingu. Classificação livre.
Jornada Kamayurá, de Heinz Forthmann (Brasil, 1966, 12 min)
No alto Xingu, próximo à Lagoa de Ipaivu, vivem os índios da tribo Kamayurá. Pela manhã, a caça e a colheita. À tarde, a cultura do algodão. Ao entardecer, impressões sobre os acontecimentos do dia. À noite, música e dança. O filme traz um pouco da rotina da comunidade Kamayurá do Alto do Xingu. Classificação livre.
Ser Krahô, de Sebastião Maria (Brasil, 1986, 11 min)
Alguns aspectos da cultura do povo indígena Krahô e seu reencontro com o homem branco - Eupe, "aquele que não é indígena".
30/03 (quinta-feira), às 13h30
10/04 (segunda-feira), às 19h
Sessão de Curtas II
A sessão de Curtas II é uma coletânea contemporânea de trabalhos realizados por cineastas indígenas.
Mãtãnãg, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (Brasil, 2019, 14 min)
A índia Mãtãnãg segue o espírito de seu marido, morto picado por uma cobra, até a aldeia dos mortos. Juntos, eles superam os obstáculos que separam o mundo terreno do mundo espiritual. Uma vez na terra dos espíritos, as coisas são diferentes: outros modos regem o sobrenatural. Mas Mãtãnãg não está morta e sua alma deve retornar ao convívio dos vivos. De volta à sua aldeia, reunida a seus parentes, novas vicissitudes durante um ritual proporcionarão a oportunidade para que mais uma vez vivos e mortos se reencontrem. Falado em língua Maxakali e legendado, Mãtãnãg se baseia em uma história tradicional do povo Maxakali. As ilustrações para o filme foram realizadas em oficina na Aldeia Verde, no município de Ladainha, em Minas Gerais.
Karemona, de Romeu Iximaweteri Yanomami (Brasil, 2017, 13 min)
Crianças Yanomami mostram como buscar os frutos de karemona na floresta para saborear e fazer pequenas flautas.
Kaapora, de Olinda Muniz Wanderley - Yamar (Brasil, 2020, 20 min)
Uma narrativa da ligação dos Povos Indígenas com a Terra e sua Espiritualidade, sob o ponto de vista da indígena Olinda, que desenvolve um projeto de recuperação ambiental nas terras de seu povo. Com a visão de mundo indígena como lente, Kaapora e outros personagens espirituais são a linha central da narrativa e do argumento do filme.
Equilíbrio, de Olinda Muniz Wanderley - Yamar (Brasil, 2020, 12 min)
Curta-metragem retratando a condição humana no planeta Terra. O discurso da Kaapora, uma entidade espiritual indígena, norteia a discussão crítica da relação destrutiva de nossa civilização com o único planeta conhecido que tem suporte para a vida, e do qual nós mesmos dependemos para continuar nossa existência enquanto espécie.
05/04 (quarta-feira), às 18h30
12/04 (quarta-feira), às 17h45
Sessão de Curtas Yanomami
Nessa sessão apresentamos obras realizadas pelo Núcleo Audiovisual Yanomami Xapono (NAX) é um centro para formação, produção, apresentação, debate e difusão audiovisual indígena das comunidades Yanomami na região do rio Marauiá, Terra Indígena Yanomami, Amazonas.
Convidando para o Cinema de Núcleo Audiovisual Xapono – NAX (Brasil, 2018, 6 min)
Crianças da comunidade Bicho-açu convidam os seus parentes para uma sessão de cinema.
Primeira Oficina de Vídeo, de Silvano Jacinto Yanomami e Ribamar Ironasiteri Yanomami (Brasil, 2016, 6 min)
Registro da primeira oficina de filmagem do NAX (Núcleo Audiovisual Xapono).
Filmagem Xapono, de Silvano Jacinto Yanomami (Brasil, 2018, 6 min)
Um dia chuvoso na comunidade Bicho-açu – exercício de filmagem.
Makomoromi: O Espirito cuja Testa Quebrava até Castanhas, de Fábio Iximawëteri, Marielza Pukimapɨwëteri Yanomami, Ribamar Ironasiteri, Ricardo Amaroko, Ricardo Yanomami, Rita Ironasiteri, Romeu Iximawëteri Yanomami, Roni Raitateri Yanomami, Silvano Jacinto Yanomami, Tomás Iximawëteri Yanomami (Brasil, 2018, 23 min)
Documentário sobre a criação do Núcleo Audiovisual Xapono - NAX e o cinema indígena como ferramenta de luta e defesa política dos povos indígenas.
Karemona, de Romeu Iximaweteri Yanomami (Brasil, 2017, 13 min)
Crianças Yanomami mostram como buscar os frutos de karemona na floresta para saborear e fazer pequenas flautas.
Vamos à Festa! de Silvano Jacinto Yanomami, Ricardo Ironasiteri Yanomami (Brasil, 2018, 6 min)
Registro dos preparativos para um reahu (festa funerária).
03/04 (segunda-feira), às 17h
11/04 (terça-feira), às 17h30
Sessão de Curtas Maxakali
Tatakox, de Isael Maxakali (Brasil, 2007, 23 min)
Com a chegada do grupo de lagartas-espírito na Aldeia Verde (Ladainha/MG), trazendo as crianças-mortas-espírito para que as mães lembrem-se de suas próprias crianças falecidas e chorem no ritual. São ainda as lagartas-espírito que levam os meninos para a reclusão no Kuxex, a casa em que os Tikmũ'ũn recebem os povos-espíritos da Mata Atlântica.
Putuxop, de Fernando Maxakali, João Duro Maxakali, Marilton Maxakali e Eduardo Rosse (Brasil, 2008, 13 min)
Acompanhamos a comemoração e a contação da história de Putuxop, na aldeia Maxakali de Vila Nova.
Yãy Tu Nunãhã Payexop - Encontro de Pajés, de Sueli Maxakali (Brasil, 2021, 26 min)
A história de mais de cem famílias Tikmũ'ũn (Maxakali) que, em junho de 2020, em meio à pandemia de COVID-19, deixaram a reserva onde viviam e fundaram a Aldeia Nova, numa terra às margens do rio Mucuri do Norte, em Ladainha, Minas Gerais. Temendo a chegada da nova doença, os moradores da nova aldeia decidem reunir os pajés num encontro para transmitir seus conhecimentos dos cantos e rituais yãmĩyxop para os mais jovens.
06/04 (quinta-feira), às 17h