Campus de Goiabeiras - Vitória

Mulheres: Uma outra história

5 Filmes brasileiros sobre mulheres e trabalho

 

Sessão Especial Ufes 68 anos

Quinta-feira (05/05/22), às 19h. Entrada franca. Sessão em parceria com Cinelimite (www.cinelimite.com) e Another Gaze (www.another-screen.com), seguida de debate com Gabriela Santos Alves, professora do curso de Cinema e Audiovisual da Ufes, e Renata Costa, pesquisadora e crítica de cinema.

 

Programação

Creche-Lar, de Maria Luiza d’Aboim
(Brasil, 1978, 8’)

Sinopse: Durante os anos 70, a cineasta Maria Luiza d'Aboim fez parte do Centro da Mulher Brasileira (CMB), uma organização feminista que estabeleceu um fórum para pensar sobre o lugar da mulher na sociedade. A falta de creches e a necessidade urgente de infra-estrutura pública que pudesse apoiar mães trabalhadoras eram pontos recorrentes de discussão no centro. “Creche-Lar”, primeiro filme da diretora, documenta a busca de soluções práticas, conforme implementadas por um projeto comunitário experimental na Vila Kennedy, Rio de Janeiro, que empregava mães da comunidade local e as remunerava em dinheiro, alimentos e bens domésticos. O filme foi considerado desaparecido por trinta anos até que o material original de 16mm foi descoberto na Cinemateca Brasileira e posteriormente digitalizado.

 

Trabalhadoras Metalúrgicas, de Olga Futemma e Renato Tapajós
(Brasil, 1978, 17’)

Sinopse: No final dos anos setenta, um grupo de cineastas brasileiros de documentários viajou para a região do ABC, nos subúrbios de São Paulo, com o objetivo de registrar uma onda de greves de trabalhadores em resposta à negligência da indústria automotiva, cada vez mais poderosa e abusiva. "Trabalhadoras Metalúrgicas" é um trabalho particularmente vigoroso dentre os filmes produzidos durante este momento da história do trabalhador paulistano. Cenas filmadas durante o primeiro Congresso de Mulheres Metalúrgicas de São Bernardo e Diadema em 1978 são intercaladas com imagens documentando as péssimas condições contra as quais as mulheres que participaram do congresso estavam em greve. O filme, rodado em 16mm, foi telecinado para o formato de vídeo nos anos 1990.

 

Mulheres da Boca, de Inês Castilho e Cida Aidar
(Brasil, 1982, 22’)

Sinopse: As cineastas Cida Aidar e Inês Castilho se conheceram no coletivo feminista que editou o jornal “Nós Mulheres” entre 1976 e 1979. Filmado durante 1981, na região da Boca do Lixo, em São Paulo, infame por seus cinemas pornôs e bordéis, o documentário "Mulheres da Boca" traz à tona a vida das trabalhadoras do sexo em suas próprias palavras. “Mulheres da Boca” foi considerado um filme desaparecido até que uma cópia 16mm foi descoberta nos últimos anos no Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Esta cópia é a fonte da digitalização que estamos apresentando.

 

Sulanca, de Katia Mesel
(Brasil, 1986, 14’)

Sinopse: A Feira da Sulanca continua a existir em Pernambuco, nordeste do Brasil, como um mercado famoso, que vende e exporta artigos para a indústria têxtil nacional. Embora estes mercados já tenham sido um lugar hostil para mulheres, que lutavam para ganhar a vida, a 'Sulanca' de Katia Mesel documenta a revolução econômica das mulheres de Santa Cruz do Capibaribe: costureiras que, através da colaboração e da determinação, conseguiram construir vidas para si mesmas e mudar o cenário socioeconômico de uma das regiões mais negligenciadas do Brasil.

 

Mulheres: uma outra história, de Eunice Gutman
(Brasil, 1988, 35’)

Sinopse: Filmado enquanto o Brasil transitava de volta à democracia, após mais de duas décadas sob ditadura, "Mulheres: uma outra história" centra-se nos diversos aspectos da participação das mulheres no cenário político brasileiro e apresenta entrevistas com algumas das 23 mulheres que foram eleitas para a Assembléia Constituinte e que conseguiram obter a aprovação de algumas de suas propostas para a Constituição Brasileira, que estava sendo elaborada na época. O filme apresenta depoimentos da sufragista Carmen Portilho, que recorda a longa história da luta das mulheres para conquistar o direito de voto no país, e de Jandira Feghali e Benedita da Silva, que se tornaram algumas das líderes políticas mais influentes da história do país.

 

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