Mostra Pioneiras do Cinema
O Cine Metrópolis exibe de 15 a 21 de dezembro a mostra "Pioneiras do Cinema", uma programação especial com filmes realizados por precursoras do cinema francês com Alice Guy e Germaine Dulac. A entrada é franca.
Desde os primórdios do cinema, as mulheres escreveram, dirigiram e produziram filmes. Do documentário à ficção, do curta ao longa-metragem, as cineastas inventaram formas autênticas de narrar. No entanto, embora tenham trazido grandes contribuições para o cinema, o apagamento dessas mulheres tornou-se uma constante na história da sétima arte.
Em parceria com o Institut Français, o Cine Metrópolis irá exibir as principais obras de seis diretoras pioneiras do cinema francês em novas cópias digitais. O documentário “Alice Guy-Blaché: A História não Contada da Primeira Cineasta do Mundo”, de Pamela B. Green, lançado em 2018, complementa esse panorama cinematográfico.
Além disso, programamos em parceria com o Centro Técnico Audiovisual (CTAv), instituição federal que reúne um grande acervo e realiza um importante trabalho de preservação do patrimônio audiovisual brasileiro, uma sessão especial com dois curtas que contam um pouco sobre as precursoras do cinema brasileiro, como as atrizes, produtoras e diretoras Carmen Santos, Gilda de Abreu, entre outras.
A mostra tem entrada franca. Confira abaixo as sinopses e horários.
Programação
Alice Guy-Blaché - 13 Curtas (França, 1898-1907, 50 min)
Sinopse: Uma coletânea de 13 dos mais diversos filmes de Alice Guy-Blaché, a grande pioneira do cinema francês, produzidos entre 1898 e 1907. Ela é comumente reverenciada como a primeira cineasta e roteirista de filmes ficcionais, vista como uma visionária na sincronização de som, colorização, elenco interracial e uso de efeitos especiais. Alice dirigiu mais de mil filmes durante vinte anos anos de carreira, administrou seu próprio estúdio e serviu de inspiração para vários artistas, como Alfred Hitchcock e Barbra Streisand. Os filmes exibidos são: Chez le magnétiseur, Chirurgie fin de siècle, Avenue de l’opéra, Chapellerie et charcuterie mécaniques, Chez le photographe, Questions indiscrètes, Madame a des envies, Les Résultats du féminisme, Le Lit à roulette, La Course à la saucisse, Alice Guy tourne une phonoscène… , Sur la barricade, Le Billet de banque.
Quinta-feira (15), às 19h
Alice Guy-Blaché: A História Não Contada da Primeira Cineasta do Mundo, de Pamela B. Green (Be Natural: The Untold Story of Alice Guy-Blaché, EUA, 2018, 104 min)
com Jodie Foster, Geena Davis, Ava DuVernay
Sinopse: Quando Alice Guy-Blaché terminou seu primeiro filme em 1896, em Paris, ela não era apenas a primeira cineasta mulher, mas também uma das primeiras diretoras de cinema a fazer um filme narrado. O documentário segue sua trajetória, desde secretária na Gaumont até sua indicação como Diretora de Produção em 1897, e sua subsequente carreira de sucesso de 20 anos na França e nos Estados Unidos, como fundadora de seu próprio estúdio, além de roteirista, diretora e/ou produtora de mil filmes - e depois completamente apagada da história. Até agora.
Quinta-feira (15), às 17h
Sábado (17), às 16h
O Rei dos Elfos, de Marie-Louise Iribe (Le Roi des Aulnes, França, 1931, 46 min)
com Joë Hamman, Mary Costes, Rosa Bertens
Sinopse: Um jovem a cavalo leva seu filho doente para sua casa, mas a morte, encarnada para a criança no Rei dos Amieiros, o chama constantemente. A criatura mencionada no poema é um Erlkönig, um personagem retratado em vários poemas e baladas alemãs como uma criatura maligna que assombra as florestas e arrasta os viajantes para a morte. Baseado no poema de Goethe.
Sábado (17), às 18h
A Sorridente Madame Beudet, de Germaine Dulac (La Souriante Madame Beudet, França, 1923, 40 min)
com Germaine Dermoz, Alexandre Arquillière, Jean d'Yd
Sinopse: Madeleine Beudet está muito infeliz em seu casamento burguês com Monsieur Beudet. Ela escapa da realidade tocando piano. Um dia, Monsieur Beudet recebe ingressos para ir ver Fausto, mas Madame Beudet se recusa a acompanhá-lo até lá. Sozinha na casa da família, o piano trancado pelo marido, ela tenta fugir da realidade com a ajuda da imaginação, mas as reminiscências do marido a impedem e é então que sua vontade de fugir se transforma em vontade de matar. Este filme é frequentemente apresentado como o primeiro filme feminista real.
Sábado (17), às 18h
Paris 1900, de Nicole Védrès (França, 1962, 82 min)
com Leon Tolstói, Colette, Claude Monet
Sinopse: Crônica da vida parisiense entre 1900 e 1914, produzida a partir de documentos de época e trechos de mais de setecentos filmes, esta obra é considerada modelo para montagem. Começando com a Exposição de Paris de 1900 e a conclusão da Torre Eiffel, o filme caminha pelas suas mudanças culturais, tecnológicas e sociais, de tempos pacíficos e até ingênuos até o estrondoso prenúncio da guerra que perturbaria a França e a Europa nos próximos anos.
Terça-feira (20), às 18h30
Pour Don Carlos, de Musidora e Jacques Lasseyne (França, 1920, 90 min)
com Musidora, Abel Tarride, Jean Signoret
Sinopse: Basses-Pyrénées, 1875. Um jovem subprefeito, envolvido na rivalidade entre o poder e os partidários do pretendente ao trono espanhol, cai numa armadilha armada pela musa da insurreição carlista, antes de aderir à causa com ela. Baseado no romance de Pierre Benoit.
Quarta-feira (21), às 18h30
Cléo das 5 às 7, de Agnès Varda (Cléo de 5 à 7, França, 1962, 90 min)
com Corinne Marchand, Dominique Davray, Jean-Luc Godard
Sinopse: A bela cantora Cléo aguarda o resultado de um exame médico. O resultado sai em duas horas, então ela decide andar pelas ruas da cidade enquanto aguarda. Cheia de dúvidas sobre como deve agir diante da doença, acaba cruzando com Antoine, um jovem militar que está prestes a partir. Cléo das 5 às 7, é um dos filmes mais emblemáticos da Nouvelle Vague.
Sexta-feira (16), às 18h20
Carmen Santos, de Jurandyr de Passos Noronha (Brasil, 1969, 12 min)
Sinopse: Uma síntese do que foi a vida e a dedicação de Carmen Santos pelo cinema brasileiro do qual foi uma das pioneiras. Seu estúdio e seu trabalho, ao lado de outros pioneiros, desde os tempos do cinema mudo. Cenas de seus filmes, como Inconfidência Mineira, um dos mais caros filmes realizados no Brasil.
Segunda-feira (19), às 19h
Mulheres de Cinema, de Ana Maria Magalhães (Brasil, 1978, 38 min)
Sinopse: Documentário sobre famosas atrizes e realizadoras e o papel das mulheres na história do cinema brasileiro.
Segunda-feira (19), às 19h