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Três estreias nesta quinta (29/08)

Três estreias renovam a programação do Cine Metrópolis nesta quinta-feira, 29. Um filme-concerto, um documentário poético-musical e um híbrido documental e ficcional mostram a versatilidade e a força do cinema, especialmente o nacional, com três produções brasileiras em cartaz.

Grande nome do pós-punk, a banda Talking Heads aparece em seu auge no filme-concerto “Stop Making Sense”, lançado em 1984, agora restaurado em 4k. Outra estreia é o documentário “Fausto Fawcett na Cabeça”, que acompanha o cotidiano do músico e escritor carioca, autor de obras fundamentais da música e da literatura contemporânea brasileira, como Favelost. O Metrópolis exibe, ainda, “A Flor do Buriti”, belo filme nacional que retrata a luta do povo indígena Krahô. O drama  “O Mensageiro”, de Lúcia Murat, segue em cartaz.

Dirigido por Jonathan Demme, de Filadélfia (1993) e O Silêncio dos Inocentes (1991), Stop Making Sense é considerado por parte da crítica especializada como o melhor filme-show da história, capturando os Talking Heads no Hollywood Pantages Theatre em 1983, época de seu auge. Clássicos como Psycho Killer e Burning Down the House surgem com uma mixagem especial para a sala de cinema e imagens em 4K, destacando ainda mais a singularidade da banda liderada por David Byrne.

Já Fausto Fawcett na Cabeça acompanha o escritor, poeta e compositor carioca em sua rotina em Copacabana, no Rio de Janeiro. Autor de romances, poemas, performances e músicas como Kátia Flávia e Rio 40 Graus, Fawcett abre seu universo criativo neste “filme-transe” de Victor Lopes. O documentário foi premiado no Fest Aruanda, na Paraíba, e no Troféu Abracine.

Para fechar a trinca de estreias, o Metrópolis exibe o longa A Flor do Buriti, premiado no Festival de Cannes. Dirigido por João Salaviza e Renée Nader Massora, o filme resgata dois momentos históricos vividos pelos indígenas Krahô: um massacre de fazendeiros contra o povo em 1940 e o recrutamento de sobreviventes pela ditadura militar, em 1969. As sessões desta sexta-feira, 30, às 14h, e da próxima quarta, 4 de setembro, às 13h30, serão seguidas de debates com os professores da Ufes Ana Gabriela Morim de Lima e Ian Packer, que desenvolvem projetos com o povo Krahô.

 

Continuação

Segue em cartaz o filme O Mensageiro, nova obra de Lúcia Murat, autora de trabalhos como Quase Dois Irmãos, Que Bom te Ver Viva, Uma Longa Viagem e Praça Paris.

 

Confira as sinopses de todos os filmes em cartaz de 29 de agosto a 4 de setembro no Cine Metrópolis:

Stop Making Sense, de Jonathan Demme (EUA, 1984)

Um filme-concerto que documenta a banda nova iorquina Talking Heads no auge de sua popularidade em 1983. A banda liderada por David Byrne sobe ao palco com um grupo de músicos convidados para uma performance cinematográfica que apresenta coreografia e visuais criativos embalados por sucessos como Psycho Killer, Take Me to the River e Once in a Lifetime.

 

Fausto Fawcett na Cabeça, de Victor Lopes (Brasil, 2022)

Se você pensa que dentro da cabeça do músico carioca Fausto Fawcett só passa poesia, sexo, tecnologia e transgressão, você acertou cem por cento! O filme mostra o cotidiano do poeta e cantor em seu universo particular em Copacabana e revela o caráter criativo, incansável e desafiador de um artista singular.
 

A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Massora (POR/BRA, 2023)

Em 1940, duas crianças do povo indígena Krahô encontram na escuridão da floresta um boi perigosamente perto da sua aldeia. Era o prenúncio de um brutal massacre perpetrado pelos fazendeiros da região. Em 1969, os filhos dos sobreviventes são coagidos a integrar uma unidade militar durante a ditadura brasileira. Hoje os Krahô continuam a reinventar infinitas formas de resistência.

 

O Mensageiro, de Lúcia Murat (Brasil, 2023)

A história gira em torno de Vera (Valentina Herszage), uma jovem que, em 1969, é presa em uma fortaleza militar devido ao seu envolvimento com a política. Durante seu encarceramento, ela conhece o soldado Armando (Shico Menegat), que aceita levar mensagens de Vera para sua família, o que o aproxima de Maria (Georgette Fadel), mãe de Vera. Apesar das profundas diferenças sociais e de origem, uma relação afetiva improvável começa a se desenvolver entre o soldado e a mãe da prisioneira.

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